08 setembro 2009

O Pianista

Hoje, enquanto fazia um lanche em uma confeitaria, resolvi folhear um exemplar do Jornal do Comércio, por pura curiosidade mórbida. Não foi diferente do que eu imaginava: opiniões ultrafascistas, falando mal da Dilma, do pré-sal e tal e coisa.

Como disse, nenhuma surpresa, nada diferente do que eu imaginava. Aliás, algo foi diferente: a ênfase e a criatividade da puxada de saco na representante da direita no Piratini superaram minhas expectativas. Ainda mais após a sonora vaia que a Governadora-ré levou no desfile do dia anterior. Todos se viram obrigados a noticiar o fato, desde blogs pessoais, até os maiores portais de notícias do RS, passando pela Abelhinha amiga nas horas difíceis. Ninguém havia conseguido falar nada de positivo sobre a presença da Governadora-ré no desfile de 7 de setembro. Outros, como Cláudio Brito na Rádio Gaúcha, enfatizaram ainda a proibição do acesso da imprensa à Governadora-ré, lamentando que uma forma de censura tivesse ocorrido justamente no Dia da Independência do país.

Enfim, todos falaram da vaia. Todos, menos meu ex-vizinho de página. O Último dos Moitucanos não se deu por vencido e lascou, sem o menor constrangimento, uma notinha favorável, com direito a foto e interpretação do pensamento do (diz ele) admirado gari. Está certo. Como ele mesmo escreveu, alguém tem que carregar o piano...

5 comentários:

Anônimo disse...

Um texto pode ser uma charge? Vamos por partes: O cidadão que tem dotes variados, percebe os fatos (uff!). E, fazendo as ligações com o que viveu antes, conclui: aí tem charge! Aí passa um suadouro danado e produz um desenho, aliás, uma charge que pode sensibilizar os ouvintes (ôps, os leitores ... não, ah: vcs sabem). Mas dessa vez, NÃO! Ele resolveu escrever. E foi explêndido. Como sempre!

ass.: elektroFossile

Carlah disse...

Será que o cara que escreveu o texto no Jornal do Comércio não sabe a diferença entre olhar de admiração e olhar de desprezo? Se fosse para fazer apostas, eu jogaria na segunda opção.

José Renato Moura disse...

O "Último dos Moitucanos" é dez! Estamos brigando com os moitucanos daqui, que vão privatizar o saneamento básico, e o aquífero guarany junto. Gostei da expressão. Vou copiar. Abraços,

Anônimo disse...

Só pra constar, a matéria do JC fala que a governadora fugiu da imprensa e que ela recebeu uma vaia antes do desfile. Mas sem dúvida que o "último dos Moitucanos" não se entrega. Caso contrário, como pagar as contas no final do mês??!!
Sílvio Crim - silviocrim@hotmail.com

Kayser disse...

Obrigado pela informação, Sílvio! Abraço!