30 novembro 2012

Valeu, Olímpico!

Fui ao Olímpico pela primeira vez em dezembro de 1977, acompanhado de meu irmão mais velho. Lá se vão 35 anos. O Olímpico ainda não era o Monumental, sequer existiam as arquibancadas superiores, que depois virariam as cadeiras central e laterais, acima da geral. Foi um dia inesquecível para um pirralho de sete anos.
Depois disso, fiquei anos sem voltar ao Olímpico. Só retornei em 1983, mas dessa vez para nunca mais deixar de frequentar o nosso Velho Casarão. Lá eu vibrei, gritei e cantei. Algumas vezes, chorei de tristeza e muitas outras vezes mais, de alegria. Lá eu perdi a esperança, só para ver o impossível acontecer no último minuto, no último segundo, só para lembrar que o Grêmio é imortal.
Lá eu levei meus sobrinhos, meu irmão mais novo, meu filho. Algumas vezes, fui acompanhado de amigos. Outras, me abracei a desconhecidos na hora daquele gol, daquele título.
Lá eu vi Tarciso, André Catimba e Éder (e, de acordo com a internet, Alcindo Marta de Freitas!). Vi Mazzaropi, Tita, De Leon e Renato. Valdo Cândido Filho, o mais injustiçado nas listas de “melhores de todos os tempos”. Alfinete, Cristóvão, Cuca, Lima, Paulo Egídio, o Carrossel do Espinosa e o Grêmio Show do Otacílio. Vi gol de cabeça do Jardel. Vi Paulo Nunes, Émerson, Roger, Dinho, Felipão e seu esquadrão que nunca se entregava. Vi o pilantra - aquele cujo nome não pronunciamos - fazendo coisas que até o Playstation duvida. O 3-5-2 do Tite, com Marcelinho Paraíba, Mauro Capitão Galvão, Gilberto, Rodrigo Mendes, Zinho e a lambreta do Fábio Baiano. Andershow, Carlos Eduardo e Lucas Leiva. Tcheco, Diego Souza, o mestre Jonas e os quase títulos dos últimos anos. Viiiictor, três vezes o melhor do Brasil, autor de tantos milagres que eu perdi a conta. Por último, Elano e Zé Roberto. E vi tantos outros. Craques, quase craques e nabas da pior espécie. Vi adversários como Careca, Romário, Ronaldo, pilantra - aquele cujo nome não pronunciamos - e Neymar.

Tudo isto termina agora, neste domingo.

Ou não, pois, como canta a Geral, o sentimento não se termina.

Olímpico Eterno!


02 agosto 2012

Nos tempos do Mensalão

Em 2005, Roberto Jefferson cunhou o termo "mensalão", em uma entrevista para a Folha de São Paulo (se não me falha a memória), para designar um suposto esquema de compra de votos no Congresso Nacional. Isto desviou a atenção pública das denúncias de corrupção nos Correios que pesavam contra Jefferson e o PTB e, ao mesmo tempo, afundou Governo Lula em um mar de acusações intermináveis e não comprovadas.
Quem quiser relembrar melhor, pode dar uma conferida na Cartilha Para Acompanhar o Mensalão.
As charges abaixo são daquela época, onde aparecem, além do Jefferson, em diferentes tentativas de acertar uma caricatura (na do "fininho" eu já havia criado uma figura aceitável), outros astros da CPI (nem lembro qual delas): Heloísa Helena, Arthur Virgílio, ACM Neto e Duda Mendonça. O ano de 2005 nos reservaria ainda o escândalo das arbitragens protagonizado por Edilson Pereira de Carvalho.








11 julho 2012

Suplente


Eu sei, é uma piada despolitizada, preconceituosa, estereotipada, talvez até machista... Mas não deu pra resistir! Dizer o quê de um sujeito desses?

17 junho 2012

Depois da censura, a qualificação

A charge abaixo foi feita em 2007. Foi publicada neste blog com o título "Crítica de Arte" e censurada pelo Jornal do Comércio. Falava sobre a "peça orçamentária realista" da Yeda, que já vinha com uma previsão de rombo.
Lembro que eu estava em uma estufa na Fepagro de Eldorado do Sul, no meio da tarde, quando o telefone tocou e o editor do JC ficou enchendo o meu saco sobre o porquê de não publicar a charge. Os leitores estão reclamando e tal e coisa, muito comunista, e eu tentando encerrar logo a conversa. Se não quer publicar, foda-se, mando uma charge velha qualquer sobre o Iraque e é isso aí, pensava eu enquanto ouvia o ranço. (Naquela época, eu aturava a censura no JC e a Yeda no governo. Comparado com o que vivemos hoje na Fepagro, dá saudades...)
Estou postando a charge de novo porque hoje recebi o seguinte comentário anônimo:
"Parabéns! Sua charge estava no 1º Exame de Qualificação da UERJ.
Muito criativa!"
Ou seja, a charge não passou na censura, mas passou no vestibular da UERJ!
Fico curioso para saber qual foi a pergunta...