29 março 2009

Canoas não é Ulbra e vice-versa

Já faz alguns anos, a Globo passou a chamar o time da Ulbra de Canoas. É o mesmo que ela faz com os times de vôlei. Times que oficialmente são conhecidos como Cimed/Brasil Telecom e Fátima/Medquímica/UCS são denominados pela Globo como Florianópolis e Caxias do Sul, respectivamente. O patrocinador das equipes não é, necessariamente, o anunciante da Globo, então não recebe o crédito. Do ponto de vista comercial, tudo bem. Do ponto de vista jornalístico, é um vexame. Falseia-se a realidade em nome do interesse comercial.

Mas até aí, nada de novo. O problema é que este ano a gloriosa RBS-TV e o Premiere também passaram a chamar a Ulbra de Canoas. Reiteradas vezes. E a Ulbra não é Canoas! E o que é pior: há um Canoas, que não é a Ulbra!

Em Canoas, há dois clubes, o Canoas Futebol Clube, hoje inativo, mas com uma conhecida história recente no futebol gaúcho, e o Sport Club Ulbra. O primeiro foi fundado em 1957 e teve, durante a década de 1990, o patrocínio da Multisom. O patrocínio motivou a nomeação de seu estádio como Francisco Noveletto Netto, atual presidente da FGF e feliz proprietário da rede de lojas que também é “dona” do Zequinha. O estádio fica no bairro Mato Grande. Assim como o Zequinha, o Canoas teve suas camisetas vendidas nas lojas Multisom durante vários anos. O Canoas, portanto, não é nenhum desconhecido.


Já a Ulbra criou um time profissional de futebol em 2001, seguindo o sucesso dos seus times de vôlei e futsal. A ideia inicial da Ulbra, se não me falha a memória, era incorporar o time do Canoas. Por questões comerciais, o Canoas não topou e, depois de algum tempo, a Multisom tirou seu apoio ao clube, que acabou encerrando suas atividades. Em contrapartida, a Ulbra criou seu próprio time, fez um estádio e alcançou algum sucesso na primeira divisão do futebol gaúcho.

Canoas e Ulbra são da mesma cidade, mas são clubes totalmente diferentes. Os dois estádios ficam a uma distância, em linha reta, de quase 6 km. O que dá, pelo menos, uns 12 km de carro. É quase como se fossem de cidades diferentes. A diferença entre os dois é quilométrica mesmo! Para uma emissora de televisão, ignorar tudo isto é, no mínimo, mau jornalismo.

17 março 2009

Living La Vida Loca - 01

Uma governante que se envolve em tão variadas aventuras, que nos proporciona tantos acontecimentos hilariantes, que lembra o melhor do realismo fantástico e que é real, nem precisou ser inventada por Dias Gomes- embora muitos acreditem que tenha sido inventada por Simon e RBS. Uma personagem assim merece mais do que o reduzido espaço de uma charge. Por isso, resolvi presentear tal personagem com uma série própria. Por enquanto, são três histórias já desenhadas. Espero ter tempo e inspiração (principalmente piração) para desenhar outras tantas. Com vocês, “Living la vida loca”, as aventuras da Tia!

13 março 2009

Capa

A capa da Veja da próxima semana certamente será assim. Afinal, há graves denúncias de espionagem ilegal e de seu uso para a prática de chantagens. A Veja, coerente, imparcial e sempre preocupada com o Estado Policialesco e com a Grampolândia, não deixará por menos. No mínimo, fará uma capa igual à dedicada ao Protógenes e sua tenebrosa máquina de espionagem. Aguardemos. Devidamente sentados, é claro.

12 março 2009

Um rabisco das férias

Hoje resolvi dar uma folga para a Yeda (por muito pouco tempo!) e postar um desenho que eu fiz durante minhas férias. Um guaipequinha, filhote de ovelheiro, dormindo atrás de uma árvore. Não costumo fazer muito este tipo de desenho, ao contrário de muitos colegas, até por que os meus raramente dão certo. Este foi um dos raros casos.

10 março 2009

Lucro líquido

Há alguns meses, fiz o desenho abaixo para o Sindiágua-RS. Ilustrava o texto “Lucro de 170 milhões, calote de poucos reais”, do jornal Berro D’Água de outubro/novembro de 2008. A primeira proposta era mais engraçadinha, mas não foi inteiramente aprovada. De qualquer modo, a ideia da ilustração era retratar a situação de constrangimento a que os funcionários mais humildes da Corsan são submetidos ao tentarem comprar coisas simples no comércio de suas cidades - como conexões, fitas veda-rosca, cola... Os comerciantes se recusam a vender fiado para quem faz a compra em nome da Corsan, porque sabem que não vão receber.

No texto, reproduzido abaixo, há também denúncias de empresas fornecedoras e prestadoras de serviço que sofreram calote da Corsan, em diversas cidades. Portanto, o fato relevante acontecido ontem não é um caso isolado, decorrente de possíveis irregularidades, investigadas por uma sindicância – que, aliás, se arrasta a mais de um ano – como quis fazer crer o diretor-presidente da estatal. Assim, cabe a pergunta óbvia: qual é o verdadeiro lucro da Corsan, descontando-se o calote institucionalizado? Aliás, qual é a vantagem da Corsan dar lucro, ao invés investir na prestação dos serviços que dela se espera?

09 março 2009

Receita

A charge a seguir foi feita para o boletim informativo do deputado estadual Raul Pont. Seguem a versão final e a "rafeada", apenas por curiosidade. Gosto muito da cara de bobalhão do segundo tucano, nas duas versões.

02 março 2009

Paciência tem limite! - 2

Em tempo: parem de dizer que o Celso Roth é retranqueiro! Retranqueiro é quem coloca o seu time postado na defesa, é quem marca o adversário. E o Grêmio simplesmente não marcou o Inter. O Léo ficou no mano-a-mano com o Taison (ou Cai-Caison). Os volantes não marcaram ninguém. A meia-cancha de meia-dúzia não marcou, não armou, não fez nada, tal como já havia acontecido em uma invenção anterior do nosso suposto treinador. Ou seja: retranqueiro é o cacete! O Roth não é retranqueiro, é ruim mesmo!

01 março 2009

Paciência tem limite!

Eu tenho sido um cara paciente. Até parei de vaiar o Roth quando anunciam o seu maldito nome nos autofalantes do Olímpico. Mas tem coisas que não dá mais para aturar.
Não dá para aturar um cara que desmancha um time que jogou bem três dias antes para colocar o Diogo. Um time que jogou bem, mas não conseguiu marcar gol. Aí, o idiota tira um atacante para colocar o horroroso volante Diogo. Logo o Diogo, que não poderia vestir a camiseta do Grêmio nem se comprasse na lojinha do clube! Esse Diogo é um Nunes piorado! Nem falta no adversário ele consegue fazer.
Aliás, essa é outra coisa que não dá mais para aturar: levar gols de falta e de escanteio. Se minha combalida e irritada memória não estiver me traindo, são três derrotas seguidas em Gre-Nal nas quais o Grêmio sofreu sete (SETE!!!) gols de bola parada! O que faz essa porra de treinador que não consegue marcar eficientemente uma prosaica bola parada? Como é possível tomar um gol de uma falta frontal como a do gol do Índio?!? E o Rever estava marcando quem no gol do Magrão? Perdemos o Brasileirão do ano passado muito por causa de gols sofridos em cobranças de escanteio, em jogos como o Gre-Nal dos 1x4 e o 1x2 contra o Goiás (em que o grandalhão Marcel ficava no primeiro pau e saía do lugar na hora da cobrança, permitindo o gol-olímpico do Paulo Baier). Se ao menos o time fosse capaz de marcar gols de bola parada. Mas nem isso! Há quanto tempo o Grêmio não faz um gol em cobrança de escanteio?
Mais: é inadmissível tomar gols-relâmpago, como no Gre-Nal anterior, como no início do segundo tempo deste Gre-Nal e como no jogo contra o Cruzeiro, no Mineirão, quando tomamos um gol "no minuto de silêncio".
Esse Roth é muuuuito ruim! O pouco que ele, por acaso, consegue acertar, ele estraga na hora decisiva. É hora de mudar enquanto ainda é tempo. Do jeito que vai, na Libertadores, a ruindade do Roth nos custará muito caro!