19 dezembro 2009

Mensagem natalina comunista

Apenas para complementar e ilustrar ainda mais claramente aquela bizarra ideia de que o Grêmio é o time da direita gaúcha e que o tradicional adversário, em contrapartida, seria um time de esquerda. Além, é claro, de compartilhar com meus caros leitores uma linda mensagem de natal, totalmente espontânea, original e sem qualquer traço de oportunismo e de pieguice, enviada pelo deputado a um amigo meu que é sócio do coirmão da beira do lago. Sem que o destinatário tenha solicitado.


p.s.: Notaram que a logomarca do deputado é rubro-negra? Dá-lhe hexacampeão!

09 dezembro 2009

Entrevista


Entrevista para o programa Radar, da TVE-RS, emissora que está para ser despejada e/ou fechada. O entrevistado não é lá grandes coisas, mas a matéria ficou bem legal. Parabéns à reporter, a Paula Vieira!

02 dezembro 2009

Resposta didática

Vou postar um comentário que recebi e a resposta ao mesmo, porque este é um assunto recorrente por aqui: colorados que acham uma incoerência ser gremista e de esquerda.

Anônimo disse...
Uma pessoa de esquerda, torcendo para o time da RBS?
Uma pessoa de esquerda torcendo para o time da elite-direitista do estado?
Uma pessoa de esquerda pregando uma atitude que fere toda e qualquer ética e moral esportiva?
Alguma coisa está estranha...
Depois reclamam quando são taxados.



Kayser disse...
Caro senhor Anônimo,
Estranho é o seu comentário. Desde quando ser de esquerda implica em ser colorado ou vice-versa? Desde quando o inter é um time "de esquerda"? Só se for porque o Mário Sérgio é canhoto. Você já viu a lista de conselheiros do inter?
Dando uma rápida olhada, estão lá os "comunistas":
- Alexandre Fetter
- Alexandre Postal
- Celso Bernardi
- Diogo Paz Bier (Mano Changes)
- Onyx Dornelle Lorenzoni
Não li o nome de todos porque meu estômago é fraco. Mas o estranho no seu e-mail mesmo é o final dele: "Depois reclamam quando são taxados". Reclamam? Quem são esses que reclamam? Os de esquerda, que torcem pelo time da RBS? Então você não é de esquerda? É colorado, do "time do povão e de esquerda" e é de direita (ou apartidário, como os de direita, colorados ou não, gostam de dizer)? Alguma coisa está mesmo estranha...

Por fim, vale lembrar o óbvio: há fascistas, anarquistas, militantes de esquerda e de direita, racistas, idiotas, intelectuais, profissionais da RBS, gente do MST, da Farsul, evangélicos, judeus, homossexuais, homofóbicos, homens, mulheres e crianças que torcem pelo Grêmio e outros tantos que torcem pelo Inter. E outros tantos não torcem por time algum. Óbvio. Mas, nas duas torcidas, de Grêmio e de Inter, existem também pessoas tão intolerantes que não conseguem admitir nem o óbvio com relação ao adversário.

01 dezembro 2009

Entregar o jogo para o Mengão?

Os postulantes ao título já entregaram o campeonato há tempos. Apenas o Palmeiras venceu uma vez ao Rubro-Negro carioca. E o Grêmio até já deu a ajuda de que precisavam.
O Grêmio não vai entregar o jogo. Não mais do que entregaram São Paulo, Palmeiras e, principalmente, o Inter, que tomou uma sacola do Flamengo no Rio e depois empatou em casa. Agora, jogar às ganhas mesmo, estragando a festa do dono da casa, só em causa própria...




19 novembro 2009

O Código Da Vinci

Hoje os leitores de ZH foram brindados com mais uma obra genial de seu chargista-maior, o inigualável Marco Aurélio. A charge abaixo é um arremedo de um detalhe do afresco “A Criação de Adão”, parte da a magnífica obra que Michelangelo produziu para o teto da Capela Sistina.


Analisando a charge, observamos uma mão escura (negra?) agradecendo uma mão azul e a assinatura “Marco Aurélio & Leonardo”. É uma charge para Dan Brown algum botar defeito! É uma verdadeira obra de criptografia! E com o envolvimento misterioso de Leonardo da Vinci. Será que o nosso intrépido e culto chargista sabe que, ao contrário do que registram todos os livros de história, a Capela Sistina teria sido pintada por da Vinci? Ou será uma homenagem (criptografada) ao cantor sertanejo irmão do finado Leandro?

E a mão negra agradecendo a mão azul? Será a mão de um colorado agradecendo a um gremista pelo fato de o Grêmio ter vencido o Palmeiras? Neste caso, a mão seria negra por causa do estereótipo de que o Inter é o time dos negros. Mas porque a mão que representa o Grêmio não é branca, já que o Grêmio seria o time dos brancos, por esse estereótipo? Será porque a mão azul tornaria a “piada” mais compreensível? Mas, nesse caso, não seria mais recomendável pintar a outra mão de vermelho, até para fugir do preconceituoso estereótipo mencionado anteriormente?

Ou será que não é nada disso? Será que a mão é mesmo de um negro, que está agradecendo a um sujeito de mão azul por algum favor? Será que o sujeito azul é o Doutor Manhattan? E o sujeito negro, quem seria? Qual foi o favor que o Doutor Manhattan fez ao negro? Seria um favor sexual? E o que da Vinci, Leandro & Leonardo têm a ver com tudo isso?

Mais um mistério da obra marcoaureliana. Chamem o Tom Hanks!

15 novembro 2009

Depois da chuva

Na última sexta-feira, fui a uma dermatologista. O consultório ficava em uma outra cidade, localizada próxima ao Parcão, Moinhos de Vento, etc... e tal, como diria o “poeta”. Essa outra cidade, que podemos chamar de Parcãozópolis, diferentemente de Porto Alegre, tem ruas limpas e asfaltadas, sem buracos e sem mato crescendo junto ao meio-fio. Uma cidade agradável, com um prefeito zeloso. Coisa de dar inveja a quem mora em Porto Alegre, mesmo em bairros de classe média, como o Menino Deus.

Pois, para meu azar, quando voltava para Porto Alegre, começou a chover. Forte, é verdade, mas nenhum Dilúvio Universal. Nada que justificasse um alagamento generalizado, portanto.

Mesmo assim, apenas alguns minutos depois do início da chuva, eu tive que atravessar um verdadeiro riacho que se formou na esquina das Avenidas Princesa Isabel e Bento Gonçalves. Ao mesmo tempo, o rádio do meu carro-anfíbio informava que várias outras ruas de Porto Alegre encontravam-se igualmente alagadas. Certamente, Parcãozópolis não foi afetada daquela maneira pela chuva forte.

Para piorar, no sábado de madrugada, um temporal atingiu Porto Alegre. Nem me animei a sair de casa durante o dia, imaginando as ruas alagadas, as sinaleiras desligadas e a total ausência dos agentes de trânsito, que sempre desaparecem nessas ocasiões.

Hoje, dando uma caminhada até a padaria, me deparei com as imagens abaixo que são o retrato fiel de Porto Alegre. Na Avenida Érico Veríssimo, a poucos metros da sede do poder local, encontravam-se bueiros entupidos de lama, alguns ainda com água represada, mais de 24 horas depois da chuva. Na esquina com a Rua Damasco, lama, buracos no asfalto (a marca registrada da administração local) e galhos de árvores espalhados pela calçada e pela rua.





No momento em que escrevo esta postagem, nuvens escuras pairam sobre Porto Alegre, anunciando novos alagamentos. Nestas horas, dá uma inveja danada de Parcãozópolis, com sua competente administração municipal...

11 novembro 2009

Já vai tarde

É a volta dos que não foram ou, no caso, a ida dos que não vieram. Autuori vai embora sem dizer a que veio. A sua única contribuição foi trocar o esquema 3-5-2 para um esdrúxulo 4-4-2 com três zagueiros de área. Dito de outro modo, empurrou um zagueiro para o lado direito e é isso. No mais, perdeu uma Libertadores e fez uma campanha patética no Brasileirão. Vai e não deixa saudades.

08 novembro 2009

Jogo dos 7 Erros - 2

Falando em manchetes cretinas, que tal essa? Bastou a assinatura de dois convênios para a saúde dos presidiários melhorar! É a melhora por decreto. Que barbada!

06 novembro 2009

Jogo dos 7 Erros


Na verdade, não são sete erros. Mas só porque a manchete é curta. Em um reduzido número de palavras, o Correio do Povo consegue chamar de "Plano do Estado" um projeto do governo. Depois, afirma categoricamente que o tal plano (projeto, na verdade) "reajusta salário e valoriza (o) servidor", quando o projeto propõe (já que é um projeto ainda) o aumento de salário de apenas duas categorias, e não de todo o funcionalismo, como a manchete dá a entender. Duas categorias que não se sentiram tão valorizadas assim, principalmente pelo fato de o tal projeto conter um nebuloso décimo-quarto salário para quem cumprir metas (que não se sabe quais são) ou for produtivo (na opinião de não se sabe quem).
Nem estou dizendo que o projeto é ruim. O que estou dizendo é que a manchete é pavorosa como jornalismo e primorosa como assessoria de imprensa do governo.

05 novembro 2009

É dia de Feira

Apareçam!

For Whom the Bell Tolls

Atualmente, os humoristas do RS enfrentam a desleal concorrência da realidade:
05/11/2009 | N° 10576

PALÁCIO PIRATINI

Gafe na praça

Na ânsia de comemorar a cada manifestação na solenidade, Yeda Crusius acabou cometendo uma gafe no final do seu discurso. Quando dobraram os sinos da Igreja Matriz, a governadora interrompeu sua manifestação para agradecer, entusiasmada:

– Obrigada. Estão saudando a gente – disse ela.

Ao ser informada que os sinos badalavam em uma missa de corpo presente, Yeda se desculpou.

– É uma missa de corpo presente. Então, vou respeitar e terminar. É um ato bonito. Não vou cantar o trecho da música Querência Amada, de Teixeirinha. Volto aqui outro dia para cantar. Vou declamar.

E assim, a governadora encerrou o discurso:

– Berço de Flores da Cunha/E de Borges de Medeiros/Terra de Getúlio Vargas/Presidente brasileiro/Eu sou da mesma vertente/Que Deus saúde me mande/Que eu possa ver muitos anos/O céu azul do Rio Grande.

11 outubro 2009

Resumo da novela

Semana agitada na novela O Novo Jeito de Governar. Uma novela que se arrasta interminavelmente, apesar dos baixos índices de audiência. Vamos aos principais acontecimentos da semana:

Surgiram notas fiscais comprovando que a reforma e a decoração da Casa do Espanto foram pagas com dinheiro público. Decoração de gosto duvidoso, diga-se de passagem. Como sempre, os documentos foram recebidos com o bordão “Não há fatos novos”, acompanhado das risadas da claque ao fundo. O público já não acha a mesma graça. Entre os itens comprados, destacam-se o piso emborrachado, seis luminárias da Casa das Pantalhas, camas infantis e um "belíssimo" puff verde. Alguns espantaram-se com o valor das luminárias – mil reais cada uma. Contudo, para o uso que a Gov faz das pantalhas, o valor não é tão elevado assim. Um vestido de gala de um estilista famoso custaria muito mais. Seis mil reais em pantalhas de gala é uma bagatela!

Dona Benta, digo, Zilá Breitenbach serviu uma saborosa marmelada para os parlamentares que integravam a Comissão de Impeachment. Os que se recusaram a engolir a marmelada, como Raul Pont, foram acusados de serem grosseiros. Dona Benta, digo, Zilá Breitenbach se queixou para a Abelha Rainha. Raul Pont mandou uma carta para a Abelhinha, respondendo à queixa de Zilá e Elvino Bohn Gass mandou outra, respondendo à primeira carta do dia, enviada pela Gov. A Abelhinha ficou com sua caixa de mensagens lotada.

Como dito, a primeira carta que a Abelhinha recebeu foi enviada pela Gov, que resolveu deixar a distância em que se mantinha (da realidade, talvez?) para maltratar a nossa língua pátria. YRC acusou a sua sempre fiel Abelhinha de alguma coisa confusa, tipo engajar-se sistematicamente em uma campanha liderada por Deputados do PT e agentes (?!?) do PSOL, que, numa linha metódica, desde o início do governo (?!?) estão reeditando (?!?) um golpe, apropriando-se da transparência e atribuindo magnitude extremada a gastos inerentes à representação de um alto cargo, mesmo que reconhecidamente gastos com notas transparentes (?!?), à luz do dia e feitos de forma parcimoniosa. Ou algo assim. Os poucos por cento que ainda pretendem votar nela fizeram comentários irados no Blog da Abelhinha, acusando a ela e a RBS de serem de petistas, parciais e golpistas. Esse acontecimento deu um toque (ainda mais) surrealista à novela.

Tia Yeda se preparou para dar mais uma banda nos Esteites. Já estava tudo engatilhado: saída de mansinho na sexta para São Paulo, embarque para a Califórnia para visitar o filho e, se desse tempo, uma reuniãozinha com a galera do Banco Mundial, lá por quinta-feira, para tomar um cafezinho e justificar as diárias. Enquanto isso, Paulo Feijó iria para Punta. Ninguém daria pela falta da dupla.
Mas aí um grupo de servidores ameaçou estragar o feriadão dos dois e entrar na justiça para que Feijó assumisse o governo (?!?). Achando que a transmissão do cargo para o vice seria mais uma reedição do golpe apropriativo da transparência à luz do dia em decorrência da tendência de golpe, que enquanto pessoa e governadora, Tia Yeda resolveu ficar por São Paulo mesmo. Sem agenda oficial, que é feriadão e ninguém é de ferro!

05 outubro 2009

Olho da rua


O QUE: Sessão de autógrafos de Olho da Rua, de Kayser
QUANDO: 14 de outubro, quarta-feira, às 19h
ONDE: Gibi Bar Bruschetteria (Rua Bento Figueiredo 72, Bom Fim - Tel.: 3028 2530)
ISBN: 978-85-88715-60-8
PÁGINAS: 88
FORMATO: 15 x 12,5 cm
EDITORA: Armazém Digital
PREÇO: R$ 15,00

03 outubro 2009

Fossa olímpica

Curiosa a súbita preocupação de algumas pessoas com os Jogos Olímpicos Rio 2016. Uma preocupação que essas pessoas jamais tiveram quando pleitearam incentivos fiscais para atrair indústrias multinacionais ou recursos públicos para salvar empresas nacionais falidas. Naquelas ocasiões, certamente, não faltavam recursos para a educação.

29 setembro 2009

Debate

"Em uma tarde de sábado na qual um baita sol surgiu em Porto Alegre, dois baita nomes das charges brasileiras fizeram um debate divertido e provocador. Na livraria Letras e Cia, no sexto debate promovido pelo Jornalismo B, Santiago e Kayser deram show..."

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Leia mais no Jornalismo B!

08 setembro 2009

O Pianista

Hoje, enquanto fazia um lanche em uma confeitaria, resolvi folhear um exemplar do Jornal do Comércio, por pura curiosidade mórbida. Não foi diferente do que eu imaginava: opiniões ultrafascistas, falando mal da Dilma, do pré-sal e tal e coisa.

Como disse, nenhuma surpresa, nada diferente do que eu imaginava. Aliás, algo foi diferente: a ênfase e a criatividade da puxada de saco na representante da direita no Piratini superaram minhas expectativas. Ainda mais após a sonora vaia que a Governadora-ré levou no desfile do dia anterior. Todos se viram obrigados a noticiar o fato, desde blogs pessoais, até os maiores portais de notícias do RS, passando pela Abelhinha amiga nas horas difíceis. Ninguém havia conseguido falar nada de positivo sobre a presença da Governadora-ré no desfile de 7 de setembro. Outros, como Cláudio Brito na Rádio Gaúcha, enfatizaram ainda a proibição do acesso da imprensa à Governadora-ré, lamentando que uma forma de censura tivesse ocorrido justamente no Dia da Independência do país.

Enfim, todos falaram da vaia. Todos, menos meu ex-vizinho de página. O Último dos Moitucanos não se deu por vencido e lascou, sem o menor constrangimento, uma notinha favorável, com direito a foto e interpretação do pensamento do (diz ele) admirado gari. Está certo. Como ele mesmo escreveu, alguém tem que carregar o piano...