26 fevereiro 2008

FEBEAPÁ

Se a grande mídia já nos brinda diariamente com um inesgotável repertório de ignorância e burrice, como se poderia esperar algo diferente da pequena mídia? Não falo da mídia alternativa, mas da pequena mídia que gostaria de ser grande. No caso específico que passo a relatar, a pequena mídia é uma rádio do interior.

Estava eu no balneário Cassino procurando notícias sobre o Imortal Tricolor Por Enquanto Ainda da Azenha. Tentando sintonizar a Gaúcha ou a Band, acabei sintonizando uma rádio local no meio das duas. Creio que era a Rádio Pelotense AM 620. O Locutor lia os fatos históricos que haviam acontecido naquele dia, digamos 10 de fevereiro, em anos passados. Ao final, o pensamento do dia. Para minha surpresa, ao invés de uma baboseira do tipo auto-ajuda, uma frase hilariante:

“Uma feijoada só é realmente completa quando tem uma ambulância de plantão.”

Frase de Stanislaw Ponte Preta, completou corretamente o locutor, lendo sua cola. Aí o cara resolveu demonstrar sua cultura e comentar a frase. De improviso, lascou:

-Tá certo. Stanislaw Ponte Preta, já foi presidente do Brasil...

A única explicação que me ocorre é que o energúmeno confundiu Stanislaw com Venceslau. Fico imaginando o que diria o genial Sérgio Porto a respeito...

25 fevereiro 2008

Amargo regresso

Enquanto a Yeda fechava escolas... Enquanto os porto-alegrenses ficavam sabendo mais sobre Obama e Hillary do que sobre Rosseto e Rosário... Enquanto o Grêmio demitia o Mancini e contratava o Celso Roth... Enquanto a cidade de São Paulo ficava embaixo d’água... Enquanto o Grêmio contratava Soares, um suposto atacante com nome de despachante e que não chuta a gol... Enquanto a "epidemia de febre amarela " era substituída pelo "escândalo dos cartões corporativos"... Enquanto iniciava a CPI do Detran... Enquanto Proença chineleava com Fogaça... Enquanto os salva-vidas tomavam calote da Yeda... Enquanto acontecia tudo isso, e muitas outras coisas que eu nem fiquei sabendo, eu passava meus dias no quartel-general montado no Balneário Cassino, com direito a viagens para a Lagoa Mirim, para a cidade de Rio Grande e para suas ilhas, além de incursões em território uruguaio, via Chuí e Jaguarão.

Embora eu ainda esteja de férias, tive que retornar a Porto Alegre e deixar para trás o Cassino e suas delícias. Foram dias de ócio e despreocupação. Dias de banhos de mar e de lagoa. Dias de comer camarões e peixes, além de vários churrascos. Dias de beber litros de Bohemia, Pilsen, Patricia e Zillertal. De comer doces de Pelotas. De comprar em free shops. De curtir, meio de cantinho, só olhando, um animado carnaval de rua. Dias de ter conversas agradáveis. De correr atrás do pequeno Lucas, que completou três anos no dia nove de fevereiro. E, como velho lobo do mar que sou, também foram dias de pescar.

Antes que algum engraçadinho pergunte, aquilo na foto é o peixe mesmo, não a isca...