26 junho 2007

Grande Idéia!


Rio Grande não tem apenas peixes, camarões e, em breve, florestas de eucaliptos. Tem também arte gráfica da melhor qualidade. A revista Idéia é a prova disso. Quem quiser, pode adquirir a sua, com frete grátis, no endereço http://www.vagaodohumor.com/ideia.htm.
Como diria Christian Fittipaldi, eu ricumeindu!

22 junho 2007

Caindo de Boca aqui


Subitamente meu blog passou a ser visitado por admiradores de ocasião do Boca Juniors. Desconfio que sejam torcedores de um time que, ao invés de ser imortal, consegue morrer na Terra da Longevidade. De modo que, enquanto o Chacrinha tinha suas Chacretes, o meu blog agora tem os Boquetes. Mas tudo bem. Os Boquetes são bem-vindos. Enquanto eles insistirem em deixar recados de conteúdo humorístico duvidoso, de forma anônima ou com pseudônimos ridículos, só me resta relaxar e gozar. Afinal, os Boquetes servem para isso mesmo.

Dica de gastronomia

Nem tudo foi perda de tempo na minha ida ao Olímpico, quarta-feira. Descobri a existência de um verdadeiro manjar dos deuses. Talvez já seja um prato manjado e apenas eu, um sujeito desinformado, não a conhecesse. Mas o fato é que na esquina da Azenha com aquela rua que leva ao Largo dos Campeões (acho que é a Afonso Pena), havia uma barraquinha semelhante a essas em que se vende cachorro-quente. Em uma chapa, a feliz proprietária do estabelecimento comercial mexia uma mistura heterogênea de lingüiças, cebolas, carnes variadas, pimentões e outros supostos alimentos, não identificáveis à primeira vista. O nome da fina iguaria estava, escrito a mão, em duas folhas de papel A4, penduradas em pontos estratégicos na barraquinha: ENTREVERO!

21 junho 2007

Escolhas

O pior

O pior de tudo é perder para um time de calção amarelo...

O que faltou

Mal acabei de escrever o post abaixo e fui ouvir as entrevistas pós-jogo. O Mano atribuiu a derrota à inferioridade técnica do Grêmio. Já o Odone preferiu falar da falta que faz a Arena Fifa... Por essas e por outras, o Boca é hexa-campeão jogando naquela pocilga da Bomboneira.

Faltou bala na agulha

Não é que o Grêmio tenha jogado mal, nem merecesse ganhar por um gol de diferença. Mas o Boca foi superior. E quis ser superior. Quis ser campeão. Enquanto nossa direção desperdiçou dinheiro empilhando ex-atletas (Kely, Amoroso e Schiavi, por exemplo), o Boca trouxe o Riquelme. E ele decidiu os dois confrontos. As grandes realizações do nosso presidente foram a venda do extraordinário Ânderson por R$ 1,99 e do Lucas para o segundo que apareceu. Isso porque o Lucas não quis ir para o primeiro, um Piauí com grife qualquer lá da Rússia. A próxima façanha que servirá de modelo a toda terra será vender o Carlos Eduardo a troco de banana. Nada surpreendente para que apoiou a venda da CEEE e da CRT e afirma que o sonho de todos os gremistas é a Arena Fifa, com remuneração para os dirigentes...

Quanto ao jogo em si, houve um único momento realmente grandioso, que valeu minha ida ao Olímpico. O show da torcida na entrada do time em campo. Depois disso, o jogo foi morno. De um modo geral, o Grêmio controlou bem o Boca, impedindo que Riquelme abastecesse os atacantes. O artilheiro Patrício, por exemplo, não conseguiu uma única conclusão ao gol de Saja. Em compensação, o Grêmio também não conseguia atacar, graças à exuberante atuação do zagueiro Tuta, que desarmava com facilidade as poucas tentativas ofensivas do time gaúcho. E nas duas únicas oportunidades em que Tuta não evitou a conclusão dos atacantes gremistas, a bola acabou na trave e nas mãos de Caranta. Faltou um pouquinho de sorte também. Mas o Grêmio, historicamente, não pode se queixar da sorte.

No mais, resta lamentar, além do resultado, um festival de absurdos que desencorajam qualquer um a ir ao estádio. Nas cadeiras, havia um número excessivo de pessoas, o que obrigou muitos a ficarem de pé ou sentarem em degraus. Imagino como foi nos setores menos nobres do estádio. Some-se a isso os babacas que atiram cerveja nos companheiros de torcida que ficam em degraus mais abaixo e os ainda mais babacas que querem briga. E completando o festival de boçalidades, rojões foram atirados sobre a torcida do Boca. Uma várzea.

19 junho 2007

Vamos Grêmio, vamos!

Tem gente que acredita em gnomos, em disco voador, em mula-sem-cabeça, no governo da Yeda, que o João Paulo II é santo, que há uma imprensa livre e democrática no Brasil, que o Jabor é um intelectual, que o Fogaça está mantendo o que estava bom e mudando o que era preciso... Então eu pergunto: por que não acreditar que o Grêmio possa vencer o Boca por três ou quatro gols? EU ACREDITO!

E o Moa, aí acima, também!


Hoje estarei lá, cantando junto com a Geral. Não muito junto também, que eu vou na minha cadeira locada... Tô muito velho pra essas coisas!

17 junho 2007

Boi da cara-de-pau preta

Fazer charge no domingo é dureza! Mais difícil, só conseguir ingresso para Grêmio x Boca. Aliás, a minha primeira idéia era justamente fazer a charge sobre a compra dos ingressos, essa postada aí abaixo. Mas não estava conseguindo resolver o texto de modo satisfatório e ainda corria o risco de ter que desenhar o Olímpico, o que daria um trabalhão. Optei por tentar uma charge sobre outras coisas. O problema é que aos domingos nunca acontece nada importante. Os assuntos são escassos e a preguiça é grande. Hoje não foi diferente. Como opções, tinha apenas o Renan Calheiros e o “relaxa e goza” da Marta Suplicy. O resultado é que, após uma longa batalha com as idéias e com a falta de habilidade com o lápis e a caneta, saiu essa charge. Não sem antes ter que fazer umas três caricaturas do Renan Calheiros.

Não é mole!

13 junho 2007

Patético

O Grêmio acabou de ser hoje tão ridículo quanto havia sido durante todos os jogos fora de casa na Libertadores. Seis derrotas e uma única e injusta vitória, sem ter jogado nada, contra o Cerro. Deu a lógica. O mais curioso é que o Boca foi o único adversário que não mereceu ganhar do Grêmio por essa diferença. Foi o único que não sufocou o Grêmio e só foi fazer gols em lances de bola parada. Aliás esse é outro problema crônico desse Grêmio que torna-se patético sempre que sai do Rio Grande do Sul. Para que fazer tantas faltas desnecessárias tendo uma defesa tão frágil?
No mais, a arbitragem foi péssima, marcando faltas que normalmente não são marcadas na Libertadores e não marcando impedimentos claros, como o do primeiro gol do Boca. Além disso, esse jogo desmancha alguns mitos: esse Boca é um timinho, o mais bunda-mole dos últimos anos, a torcida do Boca é legal e tal, mas não é nada do outro mundo e a Bomboneira é um chiqueiro. Já está mais do que na hora de pararmos (os gremistas) de alimentar essas lendas infundadas e de ter esse timeco e aquela pocilga como modelos. Outro mito que parece ter ruído é o da Imortalidade Tricolor. Mas isso, só saberemos ao certo daqui a uma semana, quando o Grêmio, não tenho dúvidas, ganhará do Boca e possivelmente por mais do que de um gol de diferença. Só que talvez isso não seja suficiente.

Resolvida a questão

Dando a minha olhada diária pela blogosfera, encontrei hoje uma postagem do Blogoleone, clipada do Palavra Sinistra. Aí lembrei da capa da Veja da semana passada e de uma charge que eu ia fazer e acabei esquecendo. É essa aí abaixo.



12 junho 2007

Bem-vindo!

O Moa é meu colega de charges no JC, junto com o Santiago. Craque do cartum, da charge, animação, tiras e outros que tais. Tudo isso pode ser conferido, já há algumas semanas, no seu site. Coisa de primeira qualidade. No item "quadrinhos", tem até duas cartilhas que fizemos juntos para a Dana, com roteiro meu e desenhaços do Moa, uma sobre metrologia e outra sobre ética. Vale a pena dar uma olhada.


Pois, além de tudo isso, agora a blogosfera ganhou mais um blog e mais um fera! No alto do site do Moa, à direita do vídeo, tem uma ligação para o Moa Blog. Confiram, comentem e anunciem a boa nova!


Nomes

07 junho 2007

De bem

Tudo tri...color!

O jogo recém acabou. Não foi mole! Mas, apesar da secada do Jens, da perebice do Ramón, da insegurança do Patrício e da inexistência do Douglas, estamos em nossa quarta final de Libertadores! Antes do jogo iniciar, minha esperança era de que fosse como Palmeiras x Grêmio, nas quartas-de-final do Brasileirão de 1996. Uma derrotinha simples, por 1x0 e muito sofrimento. Com o gol de Diego Souza achei que a coisa pudesse ser mais tranqüila. Ao longo do jogo, e dos gols do Santos, temi por uma repetição de América de Cali x Grêmio, semi-final da Libertadores de 1996. Saímos ganhando o jogo, tomamos 3x1 e fomos eliminados. No final, foi mais parecido com aquele Palmeiras 5x 1 Grêmio, na Libertadores de 1995. Enfim, mais uma derrota brilhante do nosso Tricolor da Azenha. Agora, o negócio é nos prepararmos para a primeira partida da final, quando sofreremos como condenados, novamente.

Mas o melhor de tudo foi derrotar o Luxa! Ele fez aquela choradeira, como sempre. Foi eliminado da Libertadores, como sempre. E perdeu a classificação para nós. Como sempre!

Enquanto isso, o outro Tricolor, o das Laranjeiras, faturou a Copa do Brasil. Com gol de Roger, campeão da Libertadores pelo Grêmio em 1995, e sendo treinado pelo Renato, campeão da Libertadores pelo Grêmio em 1983. Bom sinal!

01 junho 2007

Arena Fifa

Há alguns anos, o comercial de televisão nos convidava a ir para o Mundo de Marlboro. Um universo paralelo habitado apenas por cavalos e caubóis fumantes. Outro universo paralelo razoavelmente conhecido é o Mundo Bizarro. Um planeta oposto à Terra, mas ainda assim ruim. Esse era o planeta-natal do Super-Homem Bizarro, provavelmente o supervilão mais tosco e imbecil da história das Histórias em Quadrinhos. Quem via “Super-Amigos” deve lembrar dele.

Bizarro era um mundo que fazia jus ao nome. Agora, bizarro mesmo é o Mundo Fifa! Há uns seis meses, nós gaúchos fomos apresentados a ele quando o Sport Club Internacional sagrou-se campeão do Mundo Fifa. O Mundo Fifa é um universo paralelo dedicado exclusivamente ao rude esporte bretão (como diz o Jens). Os habitantes do Mundo Fifa são dotados de uma megalomania que os separa dos demais apreciadores do futebol. Para eles, os únicos campões mundiais interclubes são o Inter de Gabiru, o São Paulo de Mineiro, o Corinthians, que ganhou um torneio pega-ratão lá pelo ano 2000, e o Palmeiras, que ganhou outro torneio pega-ratão na década de 1950. Talvez alguns coloquem o Grêmio nessa lista. Afinal, o Tricolor da Azenha ganhou uma Copa Renner, que é do mesmo naipe dos torneios ganhos pelo Corinthians e pelo Palmeiras.

Mas até aí tudo bem. Quem quisesse viver no Mundo Fifa que vivesse. Isso em nada afetava minha vida e a do meu Tricolor da Azenha. Até o momento em que o Mundo Fifa resolveu abduzir os dirigentes gremistas. A partir daí, segundo os nossos dirigentes, o sonho da torcida gremista passou a ser a Arena Fifa. A torcida teria passado a sonhar com a tal Arena, ao invés de um Olímpico fervendo ao som da Geral. O tal estádio dos sonhos será uma arena asséptica, com banquinhos estofados e estacionamento para todos os tiozões que se aventurarem até a inóspita Zona Norte de Porto Alegre, futura casa do, por enquanto, Tricolor da Azenha. A Yeda poderá ir à Arena e não apenas sobrevoá-la de helicóptero, como precisa fazer hoje no selvagem estádio Olímpico Monumental. Provavelmente, nesse novo estádio, todos os torcedores ficarão confortavelmente sentados comendo pipoca, acompanhada de copões de refri, como nos estádios de futebol americano. Levantar das poltronas fofinhas, só para ir ao Shopping Mall anexo. Ao final do jogo, os atletas saudarão o público em meio a uma chuva de papel prateado picado, com o logo do patrocinador ao fundo. Assim é o Mundo Fifa.

Talvez seja apenas má-vontade e rabugice da minha parte. Talvez seja só a contrariedade por causa da mudança de local, já que o Olímpico fica a menos de um quilômetro da minha casa. Talvez eu seja uma minoria que não faz parte desse sonho e desse anseio fifamundista. Eu até não discordo de todo. Eu também gostaria de ter um estádio mais confortável e com uma comida melhor do que aquele cachorro-quente suspeito. O problema é que eu ainda não estou convencido de que a torcida do Grêmio realmente sonha em ter um novo estádio nesses moldes, construído dessa forma. Também não estou convencido de que a população, incluindo-se os não-gremistas, sonhe e anseie em ver os governos estadual e municipal gastando o escasso dinheiro público para fornecer a infra-estrutura necessária ao empreendimento sonhado pelos habitantes do Mundo Fifa. E, principalmente, não estou convencido de que a torcida sonha e anseia em pagar para o asqueroso Antônio Britto e para o Paulo Odone comandarem esse empreendimento. Vocês conhecem algum empreendimento bem-sucedido comandado pelo Britto? Só o velório do Tancredo, e olhe lá! Acho mais fácil acreditar que o Britto e o Odone sonhem em receber essa graninha fácil! Mas, enfim, sonhos, sonhos são, como diria o Chico... Eu, particularmente, prefiro sonhar com um time vencedor, mesmo que jogando no campinho do Araribóia.