31 janeiro 2007

Supersalários


Estava dando uma olhada em umas charges de 2003. Foi uma boa safra! Em breve postarei outras dessa época, mas vou avisar para que não pensem que é coisa nova, já que as barbaridades da época eram praticamente as mesmas de agora.

Pois essa aí foi publicada n'O Pasquim 21 e no Jornal do Comércio. Fala do subteto, que até foi derrubado. A idéia inicial era fixar o salário dos desembargadores em 75% do salário dos ministros do STF. Aí, negociaram para que ficasse em 90,25% e, no ano passado, derrubaram o subteto e parece que agora qualquer bacamarte pode ganhar o mesmo que um ministro do STF. Até os nossos nobres congressistas estão “tenteando” essa boca... Tipo, qualquer bacamarte do judiciário ou do legislativo, evidentemente.


Mas hoje em dia eu até fico um pouco com o pé atrás antes de dar um pau no judiciário. Não que eu ache que um magistrado mereça ganhar dez vezes mais do que um funcionário do executivo com doutorado, como eu, por exemplo. Mas no momento em que toda a imprensa começa a atacar o judiciário, eu fico lembrando na campanha contra os “marajás”. Como todos nós sabemos, aquela lengalenga resultou no Collor e no massacre aos servidores públicos promovido pelo FHC e pelos governos estaduais e municipais, com raras exceções. Raras excessões detonadas pela imprensa... O ataque ao judiciário parece só mais uma variação do estado mínimo, que, nesse caso, talvez tenha como objetivo abrir espaço para os sonhados tribunais de arbitragem, “mais baratos e eficientes”...

Esse pensamento que culpa o funcionalismo e os aposentados por todos os males do Brasil, impregnado daquele simplismo que o povo adora, justifica bobagens como as que eu ouvi agora no Jornal Nacional. Não estava prestando lá muita atenção, mas deu para perceber que estavam chineleando com o Lula por causa do rombo da Previdência. O Lula explicava que não havia rombo e sim uma espécie de política de distribuição de renda, uma vez que foram criadas leis que pagavam, por exemplo, aposentadorias especiais a trabalhadores rurais. E quem apresentava a matéria contrapunha que, além de não enfrentar o rombo da previdência, o Lula ainda acenava com novos gastos. Aí entra o Lula novamente e diz que o País precisa investir em professores, em técnicos para a área ambiental... Esses eram os gastos que horrorizaram a repórter: professores, médicos, técnicos... É um perdulário esse Lula!

30 janeiro 2007

Eles têm a bomba!

Chargezinha velha, mas daquelas que não perdem muito a atualidade. Em breve, muitas outras da mesma estirpe!

Arroio Moreira

O caso do Arroio Moreira e todas as notícias referentes aos planos do governo estadual para a Sema me fazem pensar que só depois que a última árvore for cortada, o último rio for envenenado e o último peixe for pescado é que a Fepam não precisará mais agilizar os licenciamentos ambientais!


28 janeiro 2007

Ônibus

Já foi melhor o nosso transporte coletivo. E mais barato. Essa charge aí de baixo é de 2005, antes de um aumento das tarifas. Agora já tem outro previsto para o início de fevereiro. Como diriam os Banana Splits, segure o ônibus!

25 janeiro 2007

Essa o trensurb não pega

Quando a gente pensa que viu tudo, lá vem a Yeda de novo... Depois de acreditar que o porto de Rio Grande deva ser assoreado, ontem ela conseguiu a façanha de convocar uma coletiva para anunciar que VAI pagar o funcionalismo. Ela creditou esse extraordinário feito, que até o mês passado era apenas uma obrigação, às fabulosas ações de contenção de despesas (a Brigada que o diga). Pois, no mesmo dia, ela anunciou que se o Governo Federal não der um jeito de ampliar o Trensurb até Novo Hamburbo, ele vai ver uma coisa! O Trensurb vai ser estadualizado! Quem viver verá! Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra!


23 janeiro 2007

PAC


Pois é, pessoal... Ando sem muita paciência para escrever ultimamente. E para desenhar também, como vocês devem ter notado pelos rabiscos que eu tenho postado. Teve até um leitor que confundiu as características pantalhas da Dona Yeda com um guarda-chuva...

Creio que parte da minha falta de paciência deva-se ao fato de que eu passo a maior parte dos meus dias em uma fundação estadual que resolveu implementar o “PAC” da Yeda: cortar gastos com luz e água. A "repartição" está um breu! Lâmpadas (as poucas que tinham) foram retiradas! Tenho até medo de andar pelos corredores mal iluminados. Há sempre o risco de ser assaltado, estuprado ou seqüestrado por uma máfia de tráfico de órgãos. Isso, claro, se uma viatura da brigada não passar pelo corredor escuro, por acaso, e tirotear com a bandidagem, para regozijo do Lasier e do Antônio Carlos Macedo. Alguns colegas estão sugerindo que não se respire, para não gastar ar e não contribuir com o aquecimento global, já que a respiração envolve a assimilação de O2 e a liberação do perigoso CO2.

Pois esse plano, o “PAC” da Yeda, que nada mais é do que uma ridícula pão-durice que levará o Estado a uma estagnação ainda maior, é festejado por nossa valorosa mídia. Nada de surpreendente. Ao mesmo tempo, chovem críticas ao PAC feitas pela mesma valorosa mídia. Também nada de surpreendente. Na verdade, nem sei se esse PAC é bom ou ruim. O saco mesmo é ter que aturar essa babação-de-ovo aos tiroteios ao acaso (nenhum fruto de um trabalho de inteligência da polícia), ao Ênio Eliot Ness Bacci, e ao sucateamento do pouco que sobrou do Estado. E, ao mesmo tempo, agüentar a empáfia das Mirians Leitão e dos Lasiers explicando como deveria ser o mundo ideal, que só não é assim, ideal e paradisíaco, por culpa do Lula. E do Chaves também, claro.