Não vou citar nomes porque agora eles deram para processar blogueiros. Mas, hoje pela manhã ouvia uma rádio am, que, se não me engano, é de propriedade da família de um deputado do PMDB e ex-dirigente do inter. O programa era um daqueles em que uns três ou quatro tiozões discutem entre si para ver quem defende mais a Yeda, quem fala mal do Lula mais vezes, quem detesta mais o Chávez... O apresentador do programa tem nome de deus egípcio e já foi de outra rádio am local. É um daqueles formadores de opinião, que tem palpite sobre todos os assuntos, de física quântica à epidemiologia, sempre com uma convicção que somente os barbeiros e os motoristas de táxi possuem. A diferença é que estes profissionais prestam serviços relevantes, à despeito de suas opiniões...
Mas voltemos ao fato em si: o locutor, palpiteiro e deus egípcio lia as manchetes das principais revistas semanais. A capa da Carta Capital tinha como principal matéria "O Congresso de Lilliput", sobre o apequenamento moral do Congresso Nacional.
Provavelmente temendo pela precariedade cultural de seus ouvintes, o letrado jornalista resolveu traduzir a manchete, por demais sofisticada. Foi mais ou menos assim:
-Pra quem lembra do desenho do Gulliver, Lilliput era a terra em que o Gulliver chegou, onde viviam os pequeninos. Mas eles não eram realmente pequeninos, o Gulliver é que era um gigante!
Gulliver, para um dos nossos notáveis formadores de opinião que têm opinião sobre tudo, é apenas um desenho animado. E, ainda por cima, com o enredo invertido.
Sem querer, o radialista explicou, entre outras coisas, a matéria da Veja. Lilliput é aqui! No nosso diminuto Rio Grande do Sul, onde seus provincianos habitantes não se consideram minúsculos e mesquinhos. Quando muito, consideram os outros como sendo exóticos gigantes...
Mas voltemos ao fato em si: o locutor, palpiteiro e deus egípcio lia as manchetes das principais revistas semanais. A capa da Carta Capital tinha como principal matéria "O Congresso de Lilliput", sobre o apequenamento moral do Congresso Nacional.
Provavelmente temendo pela precariedade cultural de seus ouvintes, o letrado jornalista resolveu traduzir a manchete, por demais sofisticada. Foi mais ou menos assim:
-Pra quem lembra do desenho do Gulliver, Lilliput era a terra em que o Gulliver chegou, onde viviam os pequeninos. Mas eles não eram realmente pequeninos, o Gulliver é que era um gigante!
Gulliver, para um dos nossos notáveis formadores de opinião que têm opinião sobre tudo, é apenas um desenho animado. E, ainda por cima, com o enredo invertido.
Sem querer, o radialista explicou, entre outras coisas, a matéria da Veja. Lilliput é aqui! No nosso diminuto Rio Grande do Sul, onde seus provincianos habitantes não se consideram minúsculos e mesquinhos. Quando muito, consideram os outros como sendo exóticos gigantes...
3 comentários:
Estou perdido com deuses antigos e partidos de proprietários de rádios.
Como todos esses palpiteiros de rádio boçais realmente pontificam e tem opiniões fortíssimas e embasadas sobre todas as questões, ficou mais difícil a adivinhação.
UAUAUAUAUAUAUAUAUAUA. esse é o nível dos "formadores de opinião" guascas...
porisso esse povinho vota nas yedas, germanos et caterva da vida.
É impressionante como a imprensa do Rio Apequenado do Sul atrai estúpidos de todos os matizes. Só tem "dedão"!
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