Pois o Bush está chegando ao Brasil. Sob o protesto de muitos, o que faz com que outros protestem contra os protestos. O Alexandre Garcia (olha o que eu ando ouvindo no meu rádio...), por exemplo, se diz um crítico do Bush, mas não entende como o PT pode apoiar protestos contra o Bush. Tipo, deve ser incoerente o Lula receber o Bush e o PT criticá-lo. O correto talvez fosse o Lula queimar uma bandeira dos Estados Unidos ou o PT chinelear com o Iraque e dizer que o Bush tinha mais era que matar aquela gentalha e pegar o petróleo. Seria coerente, mas acho que nem assim o Alexandre Garcia os elogiaria... Aí, depois, ele começou a imprescindível ladainha contra o Chavez, que vai à Argentina liderar uma manifestação em um estádio de futebol. Isso, na lógica dele, é uma grave ofensa ao povo argentino, sempre orgulhoso de sua autonomia e... eu desliguei o rádio! Lambeção de botas ao Bush, criticas ao Lula, ao PT e ao Chavez, tudo isso em uns 15 segundos. Não deu para agüentar.
Mas, voltando ao Bush, ele é o personagem de algumas das minhas melhores charges. Essa daí foi a primeira charge que publiquei no JC. Por isso o desenho está caprichadinho. E está colorido porque também saiu n’O Pasquim 21. É de fevereiro de 2003. Naquela época o Bush ainda tentava convencer a ONU a apoiar a invasão ao Iraque. Depois ele acabou invadindo sem autorização nem apoio e desmoralizou de vez a ONU. Para ele, o Kofi Annan era café pequeno (finalmente consegui usar esse trocadilho!).
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