No dia 16 de setembro de 2008 o Capitalismo mostrou mais uma vez que é invencível. Quando o poderoso Deus Mercado e a sua indefectível Auto-Regulação não deram conta do recado, quando a mítica Eficiência-Da-Iniciativa-Privada mais uma vez mostrou-se uma falácia, o Capitalismo lançou mão da sua mais poderosa arma secreta. Aquela que os neo-liberais fingem que não gostam, mas adoram: o Socialismo!
Mas não se trata de um socialismo qualquer, destes em que a ralé tem acesso à educação e à saúde. Estamos falando de um socialismo no qual quem tem muito dinheiro passa a ter acesso a... Muito dinheiro!
A coisa funciona assim: quando quebra uma empresa privada das grandonas, os adeptos do Estado-Mínimo pressionam o Estado - que eles tanto querem abolir - para que ele intervenha na economia – que eles tanto querem que seja livre de intervenções - e estatize a empresa privada. Tudo para que o infalível Deus Mercado possa permanecer infalível e eles possam continuar falando mal do Estado - que gasta mal e não tem a eficiência privada.
Assim, em um primeiro momento, socializa-se o prejuízo. Depois de algum tempo, quando a empresa, agora estatal, passar a dar lucros, os mesmos que pressionaram pela estatização dirão que o estado não tem que se meter em áreas que não são exclusivas suas. Por que o Estado tem que ser proprietário de uma empresa de seguros, se a iniciativa privada pode fazer isto de modo mais eficiente? Vamos privatizar! A preço de banana, é claro, porque o Deus Mercado não vai se dispor a pagar caro por algo estatal.
Passado mais algum tempo, um jornalista aparecerá em um telejornal e dirá que a empresa está dando muito lucro, suas ações estão em alta e esta é a prova de que as privatizações são uma maravilha. Um telespectador jovem ou de memória fraca concordará com o jornalista e pensará consigo mesmo: “É verdade! Agora eu até ganho um dinheirinho com as minhas ações desta empresa. Antes, quando era estatal, eu não ganhava nada”. Esquecido de que, antes de virar um acionista nano-micro-minúsculo-minoritário da empresa privada, ele e todos os seus compatriotas tiveram que comprá-la compulsoriamente, por um valor que ninguém pagaria por uma empresa falida, e depois a venderam por uma mixaria, apesar dos protestos de alguns baderneiros.
Mas não se trata de um socialismo qualquer, destes em que a ralé tem acesso à educação e à saúde. Estamos falando de um socialismo no qual quem tem muito dinheiro passa a ter acesso a... Muito dinheiro!
A coisa funciona assim: quando quebra uma empresa privada das grandonas, os adeptos do Estado-Mínimo pressionam o Estado - que eles tanto querem abolir - para que ele intervenha na economia – que eles tanto querem que seja livre de intervenções - e estatize a empresa privada. Tudo para que o infalível Deus Mercado possa permanecer infalível e eles possam continuar falando mal do Estado - que gasta mal e não tem a eficiência privada.
Assim, em um primeiro momento, socializa-se o prejuízo. Depois de algum tempo, quando a empresa, agora estatal, passar a dar lucros, os mesmos que pressionaram pela estatização dirão que o estado não tem que se meter em áreas que não são exclusivas suas. Por que o Estado tem que ser proprietário de uma empresa de seguros, se a iniciativa privada pode fazer isto de modo mais eficiente? Vamos privatizar! A preço de banana, é claro, porque o Deus Mercado não vai se dispor a pagar caro por algo estatal.
Passado mais algum tempo, um jornalista aparecerá em um telejornal e dirá que a empresa está dando muito lucro, suas ações estão em alta e esta é a prova de que as privatizações são uma maravilha. Um telespectador jovem ou de memória fraca concordará com o jornalista e pensará consigo mesmo: “É verdade! Agora eu até ganho um dinheirinho com as minhas ações desta empresa. Antes, quando era estatal, eu não ganhava nada”. Esquecido de que, antes de virar um acionista nano-micro-minúsculo-minoritário da empresa privada, ele e todos os seus compatriotas tiveram que comprá-la compulsoriamente, por um valor que ninguém pagaria por uma empresa falida, e depois a venderam por uma mixaria, apesar dos protestos de alguns baderneiros.
10 comentários:
Sensacional! Copiado no Dialógico e Blogoleone.
Claudia.
na xinxa!!!
assim até eu viro empresário...
Impecável!
Já está 'pescado' no meu blog.
Abração!
Muito bom!
Dá uma olhada: http://doomar.blogspot.com/2008/09/eua.html#links
Chupei do Blue Bus.
Abraço!
Já copiei pro Cão Uivador! A charge e o texto: uma das descrições mais geniais do capitalismo.
Abraços
Oi Kaiser, um mote para teus cartoons: Este bebê japones da Sec. da Cultura nasceu de parto normal ou cesáreo?
Saudaçoes.Celso.
PQP! Matando a pau no traço e no texto.
(Já dentro de campo... Será que Celso Roth vai honrar a biografia e morrer na praia?)
Pílulas de Karl Mar X
(pronuncia-se calmarex)
O capitalimo é um jogo de cartas marcadas, os jogadores e a banca estão combinados para só os dois ganharem sempre. Só que, como qualquer joguinho de baralho, continua sendo um jogo de azar. O azar é o nosso.
Muito boa a analise e a charge.
To colocando lá no meu blog.
Um abração!!
A charge é boa, a análise nem tanto...
Culpa-se a "falta de regulação", porém é impressionante como ninguém questiona a política expansionista do FED, baixando artificialmente as taxas de juros.
Não se brinca com o mercado como se fosse um bonequinho de marionete. Foi isto que o Governo Americano tentou fazer para aquecer sua economia interna, e falhou miseravelmente.
Agora, erra novamente, ao salvar capitalistas imprudentes e incompetentes.
Saudações.
Postar um comentário